Um dos motivos pelos quais saí da
organização missionaria para quem trabalhei por alguns anos (Convenção Batista
do Sul e International Misison Board), além de ser tratado como figurinha que
pode ser trocada por outra quando o álbum está completo, foi o etnocentrismo,
fazer missões baseadas na separação étnica no mundo para justificar a realidade
Norte Americana que as igrejas Brancas (anglo) não querem os “African American”
(pessoas de raça negra que não tem vinculo nenhum com o continente africano,
exceto a cor da pele) na suas igrejas, que as igrejas brancas não querem se
misturar com “mexicanos” (hispânicos), os chineses (asiáticos) mais ou menos,
mais menos do que mais dependendo da grana e do trabalho que tenham, nem muito
menos com os terroristas representantes do Islã, seja qual seja o seu origem
nacional, alias, quando algum deles se converte vira um troféu nos corredores
aonde ele anda cada domingo de manhã,
símbolo do vitória do império ocidental sobre as forças diabólicas da
politica dos países muçulmanos. Um pregador da prosperidade dos Estados
Unidos, Rod Parsley, dentro das milhares
de babaquices que ele disse, falou um fato assustador mas certeiro: “a parte da sociedade com maior segregação
racial na nossa cultura é Domingo de manhã nas igrejas cristãs evangélicas”.
Isso ai gente, é nós! Comprando
ideias de fora mais uma vez, participando de segregação racial no nosso próprio
“rolesinho” gospel que chamamos de missões mundiais ou nacionais, praticando o nosso
altruísmo barato e eventual que se importa com as comunidades carentes mas
esquece dos indivíduos das comunidades, que se preocupa com ir fazer um
prosélito até o outro lado do mundo duas vezes por ano, sem se importar que
aquele “discípulo” vire 1000 vezes pior filho do inferno do que nós. É nós
queiros, fazendo o nosso “rolesinho
gospel”, entrando aonde não somos benvindos, levando a nossa ostentação de
tênis Nike mas tentando ostentar também levando nosso suco de maracujá em pó
que nunca beberíamos em casa, com bolachas sem recheio para alimentar as
lombrigas daqueles coitados que acham que algum dia poderão ser, não como
Cristo é, mas sim como nós e trocar as havaianas por Nike, Adidas e Lacoste.
http://rosanapinheiromachado.wordpress.com/2013/12/30/etngrafia-do-rolezinho/
No comments:
Post a Comment